quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Que venham mais 100 anos de “molecagens”!





Alexandre Sanches Gimenes -
Um “velhinho” com a alma “moleque”. É dessa forma que eu defino o Santos Futebol Clube. O time brasileiro mais famoso do mundo está completando um século de vida.
Difícil não se render à magia da Vila mais famosa do Mundo. O ‘glorioso alvinegro praiano’ tem um charme a mais pelo clima litorâneo do seu dia-a-dia. Aliás, todos os amantes do futebol deveriam ter o privilégio de assistir a um jogo no estádio Urbano Caldeira, a popular VILA BELMIRO. Aquele gramado tem história de sobra, hein!?

Impossível não se encantar com os dribles da “jóia da Vila” Neymar. Que moleque é esse cuja esperança foi depositada quando ele ainda era apenas uma criança. E a promessa se tornou realidade. Craque de bola. Monstro! Dizer o que dos passes precisos de PH Ganso, o “maestro” da atual geração. Vendo-o jogar bola, parece ser muito fácil praticar esse esporte. Os títulos, são apenas uma consequência!

E o que falar das inacreditáveis pedaladas de Robinho, numa final de Brasileiro emocionante sobre aquele rival que todos gostam de vencer, o Corinthians. E que campanha maravilhosa aquela, com os gols do artilheiro Alberto, a força de um meio-campo formado por Renato e Elano. Dos gols essenciais de Diego, outro craque da 2ª geração. Léo, André Luis, Alex-Xerife. Sem esquecer dos milagres do goleiro-maluco Fábio Costa. Pegou até pensamento naquela decisão!


Voltando um pouco no tempo, lembramos da genialidade do “messias” Giovanni. Ah, aquele vice-nacional de 95 ainda dói no peito do torcedor alvinegro. Ah senhor Marcio Rezende de Freitas. Vai ser difícil conseguir o perdão da torcida pelos erros na final disputada no Pacaembu. Vida que segue!

11 anos antes, o raçudo goleador Serginho Chulapa fazia o gol quem impediria o tricampeonato paulista do Corinthians. Festa dos santistas no estádio do Morumbi. Indo mais além, reverenciamos a segurança do goleiraço Gilmar dos Santos Neves. Dos esquadrões formados por Coutinho, Zito, Edu, Mengálvio, Dorval, e companhia bela. Do maior artilheiro da história do Peixe (dentre os mortais), Pepe, o “Canhão da Vila”: nada menos que 405 gols com o manto alvinegro.

São muitos ídolos. Várias gerações de “Meninos da Vila”. E que se renovam a cada temporada. Parabéns Santos, por elevar o esporte futebol a categoria: arte!

E é óbvio que não dá pra falar do Santos sem citar o maior jogador de todos os tempos: Édson Arantes do Nascimento, mas pode chamar de Pelé. Apenas 4 letras: conhecidas provavelmente em outras galáxias. Sinônimo de Santos. Falou em Pelé, falou em Santos FC. Maior artilheiro da história do Peixe: inacreditáveis 1091 gols. Mais de mil, com a mesma camisa? Nunca, nunca mais. Nem Messi conseguirá tal façanha. Nem Cristiano. Nem Neymar. Nem ninguém!
Parabéns torcedor santista, por poder bater forte no peito, e gritar bem alto pra todo mundo ouvir:
“Nascer, viver e no Santos morrer… é um orgulho que nem todos podem ter!”
#UmForteAbraço
Piblicado abril de 2012
http://diario.esporteinterativo.com.br/futebolpaulista/2012/04/14/vai-pra-cima-deles-santos-mais-100-anos-de-molecagens/

O dia em que a Cambarense detonou o glorioso Santos

Gilberto da Silva

publicado em 20/03/2008 na Revista Partes
1952, eu ainda não havia nascido, e no dia 18 de maio, na cidade de Cambará, no norte do Paraná, a população amante do futebol pode presenciar um espetáculo que dificilmente veria em outros tempos...
O futebol do Paraná encontrava-se em franca expansão para o interior. O CAMA de Monte Alegre consegue o quarto lugar e o Jacarezinho, o terceiro, na frente de clubes como o Ferroviário e o Atlético. O campeão foi, neste ano, o Coritiba. Em 1953, a Associação Atlética Cambarense, em seu segundo ano na Primeira Divisão, disputou o título até a última rodada com o time da Vila Capanema, o Ferroviário (Jogou assim: Augusto, Alceu, Baltazar, Belacosa, Bino, Botina, Carlito, César Frizzio, Deolindo, Rubens, Zequinha).  Mas em Cambará, o time da casa havia vencido. Mas em 1954, devido a problemas financeiros a Cambarense desiste de disputar o campeonato paranaense. O time tinha sido fundado em 6 de janeiro de 1950.
Mas voltemos a pequena Cambará que naquele 18 de maio recebe o Santos Football Club para enfrentar o Atlético Cambaraense num jogo apitado por Amaral Sobrinho.
O amistoso rendeu CR$ 47, 109,00 e o amistoso termina em 4 x 2 para a Cambarense.. Não foi fácil ganhar daquele Santos de Manga, Expedito, Pascoal, Alemão, Cento e Nove, Nicacio, Góes e Canhoto. Era um timaço.
Pela Cambarense jogaram Nelsino (Tonico), Deolindo, Pelanca, Zé Antonio, Taubaté (Moreira), Augusto, Zezinho (Pé de Chumbo), Lamorares, Baltazar, Acir e Zequinha. Pelo Santos marcaram Alemão e Pascoal; pelo Cambaraense, Pé de Chumbo (2), Acir e Zequinha.
O amistoso ficou para a história do clube nascido na Vila Rubim, os cambaraense desfilaram contentes pela avenida Brasil.