segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Há 10 anos, Meninos da Vila comandavam Santos FC na conquista do Brasileirão 2002





14/12/2012 23h59
Guilherme Guarche               http://www.santosfc.com.br
Robinho e Diego celebrando após o apito final! 
Quando naquele inesquecível domingo 15/12/2002 o garoto Diego Ribas caiu no gramado logo no início da partida, os torcedores santistas presentes no Morumbi ficaram assustados e temerosos quanto ao desenrolar do jogo. Na busca por um título que o Peixe buscava há exatos 18 anos, Diego era uma das esperanças do jovem grupo, denominado de “Meninos da Vila”, na partida final do Campeonato Brasileiro, diante da equipe do Parque São Jorge.
Mas, mesmo assim, com a saída de Diego e a entrada de Robert em seu lugar, o time da Vila se superou. O garoto Robinho, que chamou para si a responsabilidade de conduzir a equipe dentro das quatro linhas, jogou aquela que é considerada não só pelos torcedores, como também pela imprensa esportiva, como a melhor partida dele em toda a sua trajetória com a camisa do Peixe nas suas duas passagens pela Vila Belmiro.
E foi através de um gol de pênalti cometido em cima do garoto Robinho, no inesquecível lance das 8 pedaladas que ele deu em cima do lateral adversário, que a vitória começou a surgir para alegria da imensa torcida praiana que lotava o estádio do Morumbi.
Os santistas também viram Fábio Costa defender com garra a meta praiana. O goleiro salvou o time de uma possível derrota quando, na segunda etapa, o adversário virou o placar do jogo, marcando duas vezes para desespero da gente santista.
A torcida do Peixe só voltou a vibrar e comemorar quando Elano e depois Léo puseram uma pá de cal nas pretensões do time da capital paulista, finalizando a partida que deu ao Santos o seu sétimo título de campeão Brasileiro. Resultado final: um emocionante e eletrizante 3 a 2 para o time da Vila Belmiro.
Os heróis daquele memorável domingo, liderados fora das quatro linhas pelo técnico Émerson Leão, foram: Fábio Costa; Maurinho, Alex, André Luis e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Robert, depois Michael); Robinho e Willian (Alexandre).
Campanha santista no Brasileiro
Foram 31 partidas com 16 vitórias, 6 empates e 9 derrotas, com 59 tentos marcados e 41 sofridos.
Artilheiros do time na competição
Alberto (12 gols), Diego e Robinho (10), Elano (9), Léo (6), William (3), Alex (3), Renato e Robert (2), André Luis e Douglas (01).
Participações no certame
Renato (31 jogos), Robinho (30), Alberto, Elano e Léo (29), Diego e Paulo Almeida (28), Alex e Maurinho (25), Júlio César (22), Preto (21), André Luis e William (18), Robert (16), Alexandre (13), Wellington (12), Douglas (8), Pereira (7), Fábio Costa (6), Adiel, Michel e Rafael (4), Bernardi (3), Bruno Moraes e Fabiano Souza (2) e Canindé e Marcão (1).



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Há 54 anos, recorde de gols de Pelé era coroado com o título do Paulistão 1958



O Rei Pelé, o maior artilheiro do futebol em todos os tempos, marcou naquele distante 14/12/1958, quatro tentos na goleada de 7 a 1 aplicada no Guarani FC, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. Pepe e Dorval, marcando um gol cada, e Bidon, marcando contra o Bugre a favor do Peixe, anotaram os outros tentos. Com a goleada, o Santos FC sagrava-se campeão Paulista com uma rodada de antecipação, para alegria de sua apaixonada torcida, que comemorou festivamente a quarta conquista de um título estadual.
O Peixe do técnico Lula entrou em campo com: Manga; Ramiro e Dalmo; Getúlio, Urubatão e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe.
Na partida seguinte, que encerrava com chave a participação santista no certame bandeirante, o time da Vila empatava em 2 a 2 com o São Paulo, no Pacaembu, com o Rei Pelé marcando os gols do time santista.
O Rei Pelé, como não poderia deixar de ser, era novamente o artilheiro máximo do campeonato, marcando 58 dos 143 gols feitos pelo time do Peixe. O número de gols de Pelé é recorde em uma mesma edição de Paulista. O próprio Rei, com 49 gols no Paulista 1965, é o segundo colocado no ranking de artilheiros máximos por edição de estadual.
Nas 38 partidas do campeonato, o Peixe teve 29 vitórias, 6 empates e 3 derrotas, sofrendo a defesa apenas 40 gols.
Além do Rei Pelé, marcaram também:
Pepe (27), Pagão (13), Hélio (12), Dorval (11), Guerra (8), Jair Rosa Pinto (4), Álvaro (3), Ramiro e Zito um gol cada. Marcaram contra as próprias redes a favor do Santos: Giba, Alan e Bidon. 
Copa do Mundo de 1958
Na Seleção Brasileira que ganhou o campeonato mundial na Suécia, nesse ano de 1958, faziam parte do grupo os santistas Pelé, Pepe e Zito.
13/12/2012 16h28
Guilherme Guarche

Hino Oficial Do Santos Futebol Clube



Sou alvinegro da Vila Belmiro

O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter
No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor
Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Há 48 anos, Pelé e Coutinho comandavam goleada sobre o Corinthians pelo placar de 7 a 4

Guilherme Guarte




Não pode haver prazer maior para o torcedor do Santos FC do que relembrar fatos, conquistas, títulos e principalmente grandes goleadas que o time do seu coração impôs  aos chamados  integrantes do “Trio de Ferro da Capital”, no decorrer de sua rica existência no futebol brasileiro. Lembrar os momentos felizes faz com que a enorme coletividade alvinegra se sinta orgulhosa do passado de glórias do clube. Afinal, como o jornalista José Roberto Torero bem escreveu sobre a data de fundação do Peixe: “afundava o Titanic, nascia um time de titãs”.
Há exatos 48 anos, no dia 06/12/1964, o Santos FC goleava impiedosamente a equipe do Corinthians pelo placar de 7 a 4, em partida válida pelo Campeonato Paulista, sob os olhares de 56.476 espectadores que deixaram nas bilheterias do Pacaembu a importância de Cr$ 36.437.800,00, recorde de renda no certame. Os carrascos na goleada foram Pelé (4) e Coutinho (3). O técnico Lula colocou em campo Gilmar; Ismael, Modesto e Lima; Zito e Haroldo; Toninho, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Vale lembrar que o Rei Pelé durante sua carreira marcou exatos 50 gols na equipe do Parque São Jorge, em 48 partidas disputadas.
Logo após o jogo, ainda no gramado do Pacaembu, o técnico corintiano Osvaldo Brandão não se conformava com a goleada e desabafava aos repórteres “Só pode ser castigo divino, em menos de um mês fui goleado duas vezes pelo time do Santos FC. É muito para um simples mortal”. Ele se referia à goleada que o time do Botafogo, o qual dirigia anteriormente, fora aniquilado na Vila Belmiro pelo estonteante placar de 11 a 0.
As três maiores goleadas aplicadas pelo Alvinegro Praiano nos componentes do “Trio de Ferro” foram as seguintes:
Dia 04/09/1927 – 8 a 3 no Corinthians, no Palestra Itália, pelo Campeonato Paulista;
Dia 07/03/1963 – 6 a 2 no São Paulo, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo;
Dia 03/10/1959 – 7 a 3 no Palmeiras, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista.







pelé e coutinho fizeram dupla mortal no ataque santista



  http://www.santosfc.com.br/noticias/conteudo.asp?id=27928#.UME94WdD3oo

domingo, 2 de dezembro de 2012

Neymar faz 2, Santos vence de virada e decreta fim melancólico do Palmeiras no Brasileirão

Bruno Thadeu e Jão Henrique Marques
    Neymar deixou seu nome no último capítulo da trágica campanha do Palmeiras no Brasileirão. O camisa 11 desfilou em campo. Ele abusou de dribles e lances de efeito, fez dois gols e comandou o Santos no triunfo por 3 a 1 contra o rival já rebaixado à Série B, neste sábado, na Vila Belmiro, pela rodada final do torneio.
    A equipe alviverde fecha sua participação na elite de forma melancólica. Foram 22 derrotas em 38 jogos. O time terminou com 34 pontos, na antepenúltima colocação e sem vencer os últimos seis jogos.
    Com o triunfo, o Santos termina o Nacional com 53 pontos.
    A queda à Série B causou ampla faxina no elenco. Daniel Carvalho, Obina, João Vitor, Leandro e Betinho foram dispensados do clube durante a semana.
    O que se viu na Vila foi um Palmeiras atordoado, com vários jogadores que escaparam por pouco da gilhotina, entre os quais Román, tendo Barcos como estrela solitária.

    Lances e gols da 38ª rodada do Brasileirão - 8 vídeos


    Com 2 de Neymar, Santos impõe triste fim ao Palmeiras no BR

    O Palmeiras fez 1 a 0 no primeiro lance ofensivo da partida. Barcos fez ótimo lançamento para Maikon Leite. O ex-santista recebeu a bola e desferiu uma bomba, cruzado, aos 4 min.
    Mas o empate não tardou a ocorrer. Neymar driblou o goleiro Raphael Alemão e esperou Victor Andrade chegar à área para acioná-lo. A jovem promessa santista empurrou para o gol, seis minutos depois de o Palmeiras abrir o placar.
    Desde então, o Santos assumiu o comando do jogo. Neymar construiu a virada no marcador. Román puxou a camisa do santista na entrada da área, em lance sem perigo. Penalidade marcada e expulsão do zagueiro. Neymar teve êxito na cobrança, fazendo 2 a 1.
    O vermelho recebido de forma infantil por Román encerrou seu vínculo com o Palmeiras. Ele não terá o contrato renovado.

    Última rodada do Campeonato Brasileiro 2012




    Foto 2 de 31 - Neymar entrega placa a Mauro Beting em homenagem ao pai do jornalista, Joelmir Beting, antes do clássico entre Santos x Palmeiras, neste sábado, na Vila Mais Junior Lago/UOL

    O quarteto ofensivo (Felipe Anderson, Patito, Neymar e Victor Andrade) envolvia a zaga rival. O Santos poderia ter aplicado uma goleada já nos 45 min iniciais. Neymar acertou o travessão.
    Neymar, aliás, sobrava em campo. Ele marcou mais um gol no clássico. O camisa 11 matou a bola, esperou o adversário se posicionar e chutou rasteiro. Foi o 43º gol de Neymar no ano.
    Revoltada, a torcida do Palmeiras isentou os jogadores pelo resultado adverso. “Não é mole, não. A diretoria é o câncer do Verdão!”. Os torcedores santistas aproveitaram a lamentação adversária e gritavam. “Ão, ão, ão...segunda divisão!”.
    Aos 8 min da etapa final, o Santos também ficou com 10 em campo. Alan Santos foi expulso. O ritmo do clássico reduziu no segundo tempo. Neymar tentou lances de efeito, irritando a zaga alviverde. Isolado no ataque, Barcos era facilmente anulado, sem esboçar reação.

    Com isso, as duas equipes pararam de produzir jogadas ofensivas, e deixaram o segundo tempo sem emoção. O resultado de 3 a 1 foi todo construído no primeiro tempo. Graças a Neymar.

    Personagens da Partida

    Melhores

    • Neymar
      Assistência, gols, dribles desconcertantes. E tudo no primeiros 45 minutos. O segundo tempo serviu apenas para o atacante ?brincar? em campo
    • Felipe Anderson
      Demonstra estar maduro. Controlou a bola com sabedoria, e distribuiu passes precisos. Fez lembrar as boas atuações de Ganso

    Piores

    • Adalberto Román
      Atuação tenebrosa nos 21 minutos que esteve em campo. Perdido na marcação, cometeu pênalti infantil em Neymar, e ainda foi expulso pela caça ao adversário
    • Maurício Ramos
      Demonstrou estar fora de ritmo. Foi facilmente superado pelos adversários na velocidade, e ganhou poucas disputas

    Resumo da Partida



    Santos





    Técnico: Muricy Ramalho
    1. Rafael
    4. Bruno Peres
    2. Bruno Rodrigo
    6. Durval
    3. Juan
    8. Alan Santos Cartão vermelho Cartão amarelo
    Saiu 5. Arouca
    Entrou 15. Gérson Magrão
    10. Felipe Anderson
    Saiu 9. Victor Andrade Gol
    Entrou 16. Miralles
    Saiu 7. Patito Rodríguez
    Entrou 17. Geuvânio
    11. Neymar Gol Gol




    Palmeiras


    Técnico: Gilson Kleina
    22. Raphael Alemão
    2. Artur
    15. Maurício Ramos
    5. Adalberto Román Cartão vermelho Cartão amarelo
    6. Juninho
    8. Márcio Araújo
    77. Corrêa
    Saiu 28. Bruno Dybal
    Entrou 50. Diego Souza
    Saiu 17. Mazinho
    Entrou 14. Luiz Gustavo
    Saiu 7. Maikon Leite Gol
    Entrou 45. Vinícius
    9. Hernán Barcos

    sexta-feira, 30 de novembro de 2012

    Pepe , o “Canhão da Vila”, eterno campeão


    José Macia. Esse é o nome do atleta de chute mais potente que passou pela Vila Belmiro. Temido pelos zagueiros e goleiros pela violência de seus petardos, era adorado pelos torcedores franceses e, claro, pelos santistas, sendo até hoje lembrado e saudado como o maior ponta-esquerda de todos os tempos do Santos FC.
    Mas Pepe não era apenas dono de um portentoso chute. Era técnico, raçudo, completando o mágico quinteto (recitado como um poema: “Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e PEPE”).
    Começou cedo na Vila Belmiro e nunca defendeu outro clube enquanto atleta profissional, num caso raríssimo de amor, lealdade e dedicação ao Santos FC.
    Pelo Peixe, venceu todos os campeonatos possíveis de serem conquistados em sua época, foi campeão Brasileiro pela Seleção Paulista e ainda Bicampeão Mundial de Futebol pela Seleção Brasileira (Suécia em 58 e Chile em 62).
    Um dos primeiros registros de Pepe usando a camisa branca data de 1953, quando, ainda nas categorias de base (com pouco mais de 18 anos), participou de um amistoso do time misto contra uma equipe de marinheiros aportados em Santos:
    04/07/1953 - Santos FC (misto) 7x3 Marinheiros do “C. H. Roan” (EUA)
    Local: Vila Belmiro – Santos (SP)
    Competição: Amistoso não oficial
    Gols:Del Vechio (3), Belmiro (2) e Pepe (2)
    Até a sua estreia no time principal levou mais algum tempo, e somente em 30 de maio de 1954 é que Pepe começaria jogando uma partida como titular: contra o Guarani FC, num outro amistoso na Vila Belmiro:
    30/05/1954 - Santos FC 0x0 Guarani FC (Campinas)
    Local: Vila Belmiro – Santos (SP)
    Competição: Amistoso
    Renda: Cr$ 24.010,00
    Árbitro: Antônio Musitano
    SFC: Manga; Hélvio e Feijó; Urubatão (Cássio), Formiga e Pascoal; Nicácio, Leal, Álvaro (Hugo), Vasconcelos e Pepe (Carlinhos).
    Técnico: Giuseppe Ottina
    GFC: Dirceu; Herbert e Manduco; James, Bode e Saraiva; Araraquara (Augusto), Renato (Nonô), Piolim, Romeu e Ismar.
    Mesmo assim, pouco atuou em 1954, apenas em três ocasiões. Porém, ao completar 20 anos, chega à titularidade da equipe e participa ativamente da conquista do Campeonato Paulista, eternizando seu nome ao fazer o gol do título, contra o EC Taubaté:
    15/01/1956 - Santos FC 2x1 EC Taubaté
    Local: Vila Belmiro – Santos (SP)
    Competição: Campeonato Paulista de 1955
    Renda: Cr$ 350.670,00
    Público: estimados em 8.500 (calculados pelo valor médios dos ingressos)
    (sócios do SFC não pagavam ingressos)
    Árbitro: João Etzel
    Gols: Álvaro 15' e Pepe 65' – Berto 54'
    SFC: Manga; Hélvio e Feijó; Ramiro, Formiga e Urubatão;  Tite, Negri, Del Vechio, Álvaro  e Pepe.
    Técnico: Lula
    ECT: Floriano; Rubens e Porunga; Arati, Manduco e Zé Américo; Sílvio, Durval, Berto, Manteiga e Hélio.
    Técnico: Aimoré Moreira
    A partir daí, Pepe vai subindo degrau por degrau em sua carreira: Bicampeão Paulista em 1956 e a convocação para a Seleção Brasileira, e com apenas 21 anos! A estreia de Pepe ocorre contra a tradicional Seleção Argentina, em Buenos Aires. Empate em 0 a 0, numa partida pela Copa do Atlântico.
    Em 1957, é convocado novamente para Seleção, disputando o Sul-Americano e as Eliminatórias. No Santos FC já é titular absoluto, e seu canhão torna-se uma marca registrada. No início do ano, é Campeão Brasileiro, defendendo a Seleção Paulista.
    Campeão Mundial na Suécia (1958), sagra-se Campeão Paulista no mesmo ano. O Santos é uma máquina de triturar adversários e marcar gols, monta-se o trio de ataque “PPP” (Pagão, Pelé e Pepe), responsável por “apenas” 145 gols na temporada.
    O Torneio Rio-São Paulo é vencido pelo Santos em 1959, e lá esta Pepe garantindo mais uma Taça ao alvinegro. Participa da gloriosa excursão à Europa em 1959, ajudando o Santos a trazer diversas Taças e Troféus à Vila Belmiro.
    Em 1960 Paris descobre Pepe (ou Pepê, como os franceses o chamavam) e mais um Troféu para a galeria santista: o torneio de Paris (bi em 1961). No Brasil, o Santos vai seguindo sua trilha de campeonatos: Paulista de 1960, 1961 e a Taça Brasil de 1961 (o Campeonato Brasileiro da época). No meio do caminho, uma façanha: artilheiro do Torneio Rio-São Paulo de 1961 com 9 gols (13 partidas).
    Chega à Copa do Mundo no Chile, e a presença de Pepe como titular da Seleção é algo mais que natural. Porém, uma contusão pouco antes de iniciar a competição impede o grande craque de entrar em campo. Na volta ao Brasil, já recuperado da contusão, participa da “guerra” contra o Peñarol na decisão da Libertadores e da aula de futebol contra o grande Benfica de Eusébio, na final do Mundial Interclubes.
    O ano de 1963 reserva o ápice de conquistas de Pepe e do Santos FC, com o Bicampeonato Mundial Interclubes. Foi, sem dúvida, uma sequência impressionante de conquistas: Campeonato Paulista de 1961; Taça Brasil de 1961; Libertadores de 1962; Mundial Interclubes de 1962; Paulista de 1962; Taça Brasil de 1962; Rio-São Paulo de 1963; Libertadores de 1963; Mundial Interclubes de 1963.
    Foram nove Campeonatos e nove títulos!
    E Pepe foi decisivo (mais uma vez) no Bimundial, autor de dois dos quatro gols que desmontaram o fortíssimo Milan, no encharcado Maracanã:
    14/11/1963 - Santos FC 4x2 Milan AC (ITA)
    Local: Maracanã - Rio de Janeiro (GB)
    Competição: Mundial Interclubes
    Renda: Cr$ 98.075.500,00
    Público: 132.728
    Árbitro: Juan Brozzi (ARG)
    Gols: Pepe (f) 50' e (f) 67', Mengálvio 54' e Lima 63' – Mazzola 12' e Mora 16'
    SFC: Gilmar; Ismael, Mauro Ramos de Oliveira e Dalmo; Haroldo e Lima; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Almir “Pernambuquinho” e Pepe
    Técnico: Lula
    MAC: Ghezzi; Davi, Maldini e Trebi; Trapattoni e Pelagalli; Mora, Lodetti, Rivera, Mazzola e Amarildo.
    Técnico: Luiz Antônio Carniglia
    Nesse mesmo ano, aconteceriam as últimas apresentações de Pepe com a camisa “canarinho”.  
    Pepe ficaria como dono absoluto da ponta-esquerda até 1965. Aos 30 anos, divide a “11” com o jovem Abel, e no ano seguinte surgiria o menino Edu. Os torcedores santistas costumavam dizer que no Santos havia a maior densidade de craques com a 11 em todo Brasil: Pepe, Edu e Abel.
    No sólido time de 1968, Pepe também se destacou pelo alvinegro, participando de 29 partidas na temporada e marcando 13 gols. Chegou a ser convidado a jogar na Portuguesa e em outros clubes, mas recusava (sempre) todas as ofertas. O coração alvinegro falava mais alto.
    A rotina de títulos continuou e só terminou em 1969, quando, ao dar a volta olímpica em Vila Belmiro, despediu-se dos gramados numa chuvosa noite de sábado.
    Deixou a camisa 11 de lado, mas não deixou o Santos. Foi trabalhar nas categorias de base do clube, passou a auxiliar técnico e, em 1972, assume o comando técnico do Peixe. Em 1973, organiza um grande time com Cejas, Carlos Alberto Torres, Marinho Perez, Clodoaldo, Pelé e Edu e ganha o Paulista (dividido com a Portuguesa) daquele ano. 
    Por toda essa história, é que Pepe ficará marcado para sempre na memória dos santistas mais antigos e reverenciado pelos mais novos.
    Extraído do site Oficial do Santos:
    http://www.santosfc.com.br/pepe/default.asp?id=173

    Santos FC se despede da temporada 2012 em duelo com o Palmeiras, neste sábado (01), na Vila Belmiro

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